Para apresentar, em primeira mão, a nova coleção cápsula em homenagem ao Dia das Mães da Louback Atelier, a empresária Louback Jacoby reuniu clientes, familiares e amigos em um coquetel descontraído com quitutes, drinques e música, em parceria com a Bath&Co, Saccaro, Amali Flores e Lanne Leão Acessórios. A ideia do coquetel surgiu da intenção de mostrar ao público as roupas confortáveis e casuais da nova linha. Peças versáteis, ideais para diversos tipos de ocasião — desde ir ao supermercado a um almoço de trabalho — desenham o conceito do catálogo.
O evento também foi uma oportunidade especial para que as convidadas conhecessem o estúdio onde as peças da marca são criadas e desenvolvidas, pelas mãos da designer e de seu time. Desde a construção do espaço, anexado à residência de Louback, apenas clientes com horário marcado haviam tido essa chance.
Antes dona de um salão de beleza, Louback Jacoby sempre teve gosto pela moda. Quando pequena, se aventurava em cortar, transformar e personalizar roupas da mãe, Maria Célia Louback. Há oito anos, quando finalmente ingressou na faculdade de moda, viu o desejo de começar a desenhar e produzir as próprias peças. Foi para fazer os trabalhos da faculdade que comprou a primeira máquina de costura doméstica, que ficava no pequeno quarto de hóspedes. À medida que a técnica ia melhorando e as exigências aumentando, a designer se deparava com a necessidade de atualizar seu material de trabalho. Aos poucos, viu-se erguendo o próprio ateliê profissional.
Mas antes de levar suas próprias criações para as araras da Louback Atelier, a empresária já tocava seu próprio negócio com peças de multimarcas. Escolhia os modelos, recebia e vendia. Logo se sentiu incomodada pela velocidade de produção e de mudança de tendências. “O fast fashion é isso: sai e é descartado muito rápido. As roupas são feitas com matéria-prima de baixa qualidade. Você usa poucas vezes e já não presta mais”, reclamou. Quando decidiu vender seus modelitos, refletiu muito sobre esse problema e como criaria coleções atemporais, que poderiam ser usadas tanto hoje quanto daqui a 15 anos. “Por isso, eu não gosto de seguir moda. Gosto de trazer o que é clássico e o que se usa de verdade, além de algumas peças mais diferentes. Alfaiataria, peças estruturadas, vestidos de festa. O que for versátil. A tendência que eu trago mesmo são as cores”, completou.
Além de desenvolver peças com a própria identidade, a estilista também opta por usar tecidos de alta qualidade e matérias-primas nobres. Produz o que precisa para a coleção ou usa seus tecidos para peças feitas sob medida e, por fim, dá aos retalhos uma segunda chance. “Não descartamos nenhuma sobra. Temos parceria com projetos como ‘Juntas somos mais fortes’ e com o Grupo Cirandinha. Doamos os tecidos para costureiras que fazem bonecas, bolsas, roupas. Parte dessa produção é doada para meninas carentes e a outra parte é vendida para ajudar os projetos”, contou.
Para ajudá-la com o dia a dia de confecção e comunicação da marca, a designer conta com seu próprio time de mulheres. Entre elas, a mãe e a sobrinha, Gabriela Louback, que adotou como filha ainda criança. “A Louback cuida de mim como se fosse minha mãe de verdade: dá conselho, ajuda com estudos e cuida de todas as formas”, elogiou. Aos 18 anos, a estudante de publicidade já fotografa e cuida do marketing da empresa. De quebra, ainda participa com o processo criativo do ateliê e ganha peças sob medida feitas à mão pela tia para usar em ocasiões especiais. “Já fui modelo, aprendi a costurar e muitas vezes encontro minha tia de madrugada colocando ideias no papel. É muito legal acompanhar tudo”, animou-se.

E a habilidade de costura foi passando por gerações. Antes de Gabi e Louback, dona Maria Célia pegava a agulha e linha em seu tempo livre. “Quando mais nova, era meu sonho fazer um curso de costura, mas não deu certo”, lamentou. Formada em administração, a mãe da estilista aproveita, hoje em dia, as ferramentas disponíveis no ateliê para confeccionar roupas para si, para o netinho e para as filhas, além de ajudar na emissão de notas fiscais. “A Louback está realizando um sonho dela e meu. Tenho muito orgulho dela. Sempre foi muito determinada. O que ela quer, vai atrás”, admirou.
