A cidade de Águas Lindas (Goiás), no entorno do Distrito Federal, começou a testar um ônibus 100% elétrico da BYD, como parte de um chamamento público promovido pela prefeitura. A iniciativa tem como meta avaliar soluções de mobilidade sustentável para embasar a elaboração de um futuro edital de compra de veículos elétricos para o transporte público local.
Durante 30 dias, o modelo BYD D9W será testado em uma das rotas de maior demanda da cidade, especialmente no eixo principal que corta o município. Além da BYD, outras montadoras também participaram da fase de testes, que busca comparar o desempenho e os benefícios operacionais das tecnologias disponíveis no mercado.
Com 12,98 metros de comprimento, carroceria da fabricante Caio e chassi desenvolvido pela própria BYD, o D9W é voltado a aplicações urbanas intensivas. O veículo é equipado com baterias de fosfato de ferro-lítio, que garantem uma autonomia de até 250 quilômetros e tempo de recarga de apenas 2 a 3 horas. A capacidade total é de 80 passageiros sentados e em pé, com destaque para a plataforma Low Entry (entrada baixa), que elimina degraus e facilita o acesso de pessoas com mobilidade reduzida.

O modelo conta com freios regenerativos, que convertem a energia da frenagem em eletricidade para recarregar as baterias, e suspensão pneumática ajustável, proporcionando mais conforto e segurança para passageiros e condutores.
Além disso, o uso do BYD D9W pode reduzir em até 70% os custos operacionais em comparação aos ônibus a diesel, além de diminuir significativamente os níveis de ruído, beneficiando a saúde auditiva de motoristas, cobradores e passageiros. Cada unidade elétrica evita a emissão de aproximadamente 118 toneladas de CO₂ por ano — o equivalente ao plantio de 847 árvores.
O teste em Águas Lindas acontece em meio ao forte crescimento do mercado de ônibus elétricos no Brasil, que registrou um salto de 923% no primeiro bimestre de 2025, segundo dados da Fenabrave, a federação dos distribuidores. Foram 133 unidades emplacadas nos dois primeiros meses do ano, contra apenas 13 no mesmo período de 2024.