Jeep Compass Blackhawk: o melhor da versão é o desempenho, quase esportivo 

Modelo com motor 2.0 turbo de 272 cavalos se destaca pela força nas saídas e retomadas. Além disso, é seguro e confortável

A Jeep ainda está festejando os 10 anos de produção no polo automotivo de Goiana, em Pernambuco, com o emplacamento de mais de 10 mil SUVs somente em maio, o melhor volume de vendas dos últimos meses. Um dos responsáveis pelo fenômeno? O Compass, SUV médio que emplacou 5.689 unidades – garantindo também ao modelo um lugar entre os dez carros mais vendidos do mercado brasileiro em maio.

O Multieixos, do Correio Braziliense, recebeu para testes a melhor versão do SUV: a Blackhawk com motor 2.0 turbo, o moderno Hurricane 4, de 272 cavalos e 40,8 kgfm de torque, combinado com uma transmissão automática de 9 marchas e tração integral 4×4. É a versão mais rápida do Compass produzido no Brasil. Entenda por que ele se destaca entre as demais.

O principal chamariz de vendas da versão é o desempenho, tanto no asfalto quanto no mundo fora-de-estrada. É, de fato, um utilitário bem esportivo, digamos assim. Por exemplo: a versão ganhou ajustes na suspensão e nos freios, que garantem mais esportividade – e segurança nas retomadas e ultrapassagens. Até a saída imobilidade é suave, mas ágil e capaz de aproveitar cada um dos 45,8kgfm de torque já aos 1.500rpm.

O consumo, e vale relembrar que isso sempre depende do comportamento do motorista, é relativamente alto. Oficialmente, beira os 10 km/l na cidade e 12 km/l na estrada. Na semana à disposição do Multieixos, sempre ficou abaixo. Mas, convenhamos, é no mínimo contraproducente (ou frustrante mesmo) ter um veículo com 272cv e ficar pensando nessa variante.

O preço, claro, está no limite do bom senso para os padrões brasileiros: R$ 294.490 com a com a cor mais bonita, a cinza Gray bicolor. No entanto, é R$ 44 mil mais cara que a versão S, de configuração de equipamentos e conforto semelhante e conjunto de motor inferior (o também respeitado T270, de 1.3 turbo de 185 cavalos de potência e 27,5 kgfm de torque. Quer dizer: são 13,3kgfm a mais de torque e quase 90cv mais potente. Mesmo a versão 4xe plug-in tem potência combinada (combustão e elétrico) de apenas 240cv – e que custa R$ 347.300.

Interior aconchegante. Os bancos são revestidos de couro e suede – tecido sintético que imita a textura da camurça natural, sendo macio e resistente. Mesmo assim, não passa aquela sensação de sofisticação excessiva, digamos assim, presente em alguns modelos chineses. Por falar nisso, tanto o do motorista quanto o do passageiro são com ajuste elétrico.

Segurança – O pacote de equipamentos de segurança inclui bons sistemas de auxílio à condução, baseados nos assistentes ativos de direção, detecção de tráfego cruzado traseiro, monitoramento de pontos cegos e assistente de estacionamento (automatizado, que auxilia em manobras para entrar e sair de vagas, sejam paralelas ou perpendiculares). Oferece ainda comutação automática dos farois, controles de estabilidade, de tração e anticapotamento, detector de fadiga do motorista e por aí vai.

Página de performance – Vem, ainda, com o performance pages – um recurso que traz informações detalhadas sobre o desempenho do veículo, como pressão de turbina, força G, utilização de potência e torque, velocímetro e conta-giros – diretamente no painel digital do carro.Há outros mimos, boa parte já popularizada em modelos concorrentes: teto solar panorâmico, tomada auxiliar de 127V, Alexa e Apple Carplay e Android Auto com espelhamento sem fio, ar-condicionado automático de zona dupla,

Nova geração? – O visual do modelo pode estar batido ou cansado? Nem parece, mas há informações confiáveis de que virá já em 2026 uma nova geração – que, inclusive, será baseada numa plataforma diferente e com foco na motorização híbrida flex (leves e plug-in). Até lá, a Blackhawk é a melhor versão – principalmente por conta do conjunto de motor e câmbio – que fez, por exemplo, a Rampage pular de patamar, sobrepondo-se às concorrentes Chevrolet S10, Toyota Hilux e VW Amarok.