Seguro de carro: 7 dicas para você tomar cuidado

Quem bate em veículo de parentes, por exemplo, não tem direito a indenização. Atravessar rua alagada também é um risco

Roubo e furto de veículos estão entre os maiores desafios das autoridades de segurança pública e são uma preocupação constante na vida do brasileiro, já que adquirir um carro zero-quilômetro é um investimento significativo. Para garantir proteção financeira em situações como essa, o seguro para automóvel é um forte aliado dos motoristas. Para se ter uma ideia, entre janeiro e novembro de 2024, segundo dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), foram pagos mais de R$ 33,5 bilhões em indenizações – um crescimento de 6,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Além da cobertura contra roubo e furto, o seguro também oferece proteção em casos de acidentes ou danos ao veículo, bem como enchentes e alagamentos, garantindo mais tranquilidade ao motorista. No entanto, muitas pessoas não sabem que existem situações que podem levar à perda do direito à indenização. Para evitar surpresas desagradáveis, é essencial compreender todas as regras do contrato e seguir as exigências da seguradora. Por isso, leia atentamente a apólice do seu seguro para evitar possíveis negativas.
 

Confira a seguir algumas das situações mais comuns que podem levar à recusa do pagamento da indenização:
 

1. Sinistro envolvendo veículos de parentes de 1º grau ou cônjuges – Familiares de primeiro grau, como pais, irmãos e filhos, assim como cônjuges, não são caracterizados como terceiros. Por isso, se você bater no carro da sua esposa ou do seu irmão, o seguro não cobrirá o sinistro.
 

2. Informações falsas na apólice – Fornecer dados incorretos sobre o uso do veículo, endereço de residência ou qualquer outra informação relevante pode resultar na recusa da indenização. Caso a seguradora identifique divergências, o contrato pode ser anulado. Portanto, é melhor ser transparente e pagar um pouco mais pelo seguro do que correr o risco de ficar sem cobertura.
 

3. Mudança de perfil durante a vigência do contrato – Se você mudar de endereço, se casar ou se separar, é fundamental comunicar o corretor para que um endosso com a alteração seja incluído na sua apólice. O mesmo vale caso o veículo passe a ser utilizado para transporte por aplicativo ou como ferramenta de trabalho, pois isso pode impactar diretamente a cobertura.
 

4. Empréstimo do carro para pessoas não habilitadas – Se você permitir que uma pessoa sem habilitação dirija seu carro e houver um sinistro, a seguradora pode negar a indenização. Mesmo que a pessoa esteja apenas aprendendo a dirigir, a legislação permite que o seguro se recuse a pagar pelos danos.
 

5. Sinistro intencional – Se for comprovado que o incidente foi provocado de forma intencional, o pagamento da indenização será negado.


 6. Agravamento de risco – Deixar o carro estacionado com os vidros abertos, a chave no contato enquanto o motorista está ausente ou outras situações que aumentem o risco de furto podem levar à negativa do seguro. Outra prática arriscada é tentar atravessar ruas alagadas, já que essa atitude pode ser considerada um agravamento de risco, comprometendo a cobertura.
 

7. Mudanças na estrutura do veículo – Qualquer alteração estrutural feita no veículo após a vistoria ou a contratação do seguro deve ser comunicada à seguradora. Caso contrário, o sinistro pode ser negado. Isso inclui mudanças na suspensão, instalação de equipamentos extras e qualquer modificação que altere as características originais do automóvel.