Cinco destaques da Rampage, versão R/T 

Nova rampage

A versão R/T da Rampage: motor 2.0 Hurricane com 272 cv

A linha de picapes da Ram só tinha peso-pesados, com modelos gigantes e preços chegando facilmente aos R$ 500 mil. A aceitação até foi boa, mas como não temos supervagas nem estradas como os Estados, a Stellantis – dona da marca – resolveu criar uma linha intermediária para os brasileiros, focando no tamanho e no preço. A Rampage, então, passou a ter a primazia de ser Ram feita fora dos EUA. Chegou no ano passado na plataforma Small Wide 4×4, a mesma da Toro, Jeep Compass, Renegade e Commander. Resultado: no acumulado de 2024, foram vendidas mais de 15 mil unidades. E se aproximou das concorrentes médias há mais tempo consolidadas no mercado – como a Chevrolet S-10 e a Nissan Frontier. Testamos a versão mais esportiva, e charmosa, delas: a R/T. E numa viagem Brasília-São Paulo – e ambas, também no uso urbano. Confira, então, o que ela tem a oferecer – ou a melhorar. A Rampage R/T custa R$ 292.990 e não tem kit de opcionais à disposição, mas apenas a cobrança de R$ 2 mil por cores especiais. 

  1. Excelente desempenho – A versão R/T vem com o motor 2.0 Hurricane 4 – que anda muito e bebe idem. É a picape mais rápida do Brasil atualmente. Desenvolve 272 cv de potência e 40,8 kgfm de torque. Faz de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos. E olhe que o motor é a diesel, garante uma aceleração constante, mas bem eficiente. Atinge 220 km/h de máxima, sendo a mais rápida da marca. Em retomadas e ultrapassagens, as acelerações são caprichadas, fortes e vigorosas. O câmbio automático da ZF tem nove marchas e é bem elástico, sem tranco, casando bem o motor turbodiesel. Aliás, tudo melhora quando se aciona o botão R/T: ele faz alguns gerenciamentos internos e deixa a picape mais arisca, nervosa, digamos assim.
  2. Consumo alto – Ninguém espera que um propulsor a gasolina que gera 272cv seja econômico. Por isso, nem pense nessa associação. Segundo a própria Ram,o consumo é de 8 km/l na cidade e de 10 km/l na estrada. Na estrada, viajando de forma tranquila e respeitando-se os limites oficiais de velocidade, passamos fáceis dos 11/12km/l. 
  3. Acabamento – Veio com correções de falhas de modelos anteriores de marcas parceiras, como os Renegade e Compass de entrada – como alguns níveis de plástico e central multimídia acanhada. Agora, garante um conjunto sofisticado, semelhante ao usado no Jeep Commander. Enfim, o interior é bem montado e tem bons materiais – com acabamento em alcântara até na direção (embora, na unidade testada, já tenha sofrido algum desgaste). 
  4. Central multimídia e quadros de instrumentos – Outro pulo de qualidade em relação aos ofertados por marcas da empresa Stellantis. Tem 12,3 polegadas – e deve ser a maior e com mais brilho do segmento. É estilo flutuante, tela tátil rápida e sistema intuitivo. E traz conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay. O ar-condicionado integrado é de fácil uso. O quadro de instrumentos é 100% digital, com computador de bordo multifunções – e  tela com informações mais claras.
  5. Suspensão – Como tem proposta esportiva, os conjuntos McPherson na dianteira e multilink na traseira são mais robustos e, como são sistemas independentes, ajudam a melhorar o conforto na cabine – embora R/T tenha suspensão ainda é mais rígida. Isso garante uma confortável condução tanto em trechos ruins quanto nas boas estradas pedagiadas do interior de São Paulo – e em maior velocidade.

E mais 

Portas USB – Aqui, a Jeep se rendeu às necessidades dos clientes e pôs à disposição seis delas em toda a cabine. Quatro são aos passageiros do banco traseiro, com duas do tipo C e duas convencionais. As duas restantes ficam no segundo andar do console central, sendo uma do tipo C e outra convencional.

Itens de segurança – O pacote de segurança é padrão Jeep, linha mais cara: são 7 airbags, controles de tração estabilidade, assistente de partida em rampa, controle de descida, 

Itens de conforto – Android Auto e Apple Car Play sem fios, carregador de celular por indução e chave presencial com partida por botão e remota na chave. A iluminação é completa em LEDs e freio de estacionamento eletrônico com auto hold.

Customização visual – A R/T, testada, vem com vários e diferentes visuais e acabamentos – como rodas de 19″ exclusivas, emblemas alusivos à versão, escapamento esportivo, teto pintado de preto, faixas exclusivas e revestimento interno de couro com suede e por aí vai. 

Acessórios – A R/T já tem banco do motorista com ajuste elétrico, mas, por R$ 6 mil, pode levar o mimo para o passageiro. Se o condutor quiser, pode levar um som da Harman Kardon.