A combinação de tecnologia acessível, propósito socioambiental e alta rentabilidade vem acelerando a transição energética no Brasil e impulsionando a energia solar a se tornar um dos segmentos mais disputados por novos empreendedores.
O avanço é nítido. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostram que o país ultrapassou, em 2025, a marca de 60 gigawatts (GW) de capacidade instalada, o que representa 23% da matriz elétrica nacional. É um crescimento que coloca o Brasil entre os líderes globais em geração fotovoltaica distribuída.
Esse crescimento abre espaço para um ecossistema diversificado de negócios, mas também impõe desafios que exigem planejamento, conhecimento técnico e clareza estratégica.
Para quem pretende empreender, a energia solar já não é apenas uma aposta, tornou-se um mercado maduro, com escala e demanda contínua, impulsionado pela expansão do mercado livre de energia e pela popularização dos modelos de geração compartilhada.
A força do setor pode ser explicada por ao menos três vetores:
- Baixo custo operacional — A maturidade da cadeia produtiva reduziu preços e elevou a eficiência dos sistemas fotovoltaicos.
- Aumento da demanda — O avanço do mercado livre de energia e a busca por previsibilidade de custos têm levado empresas, indústrias e produtores rurais a migrarem para modelos solares.
- Ambiente regulatório favorável — Políticas públicas, incentivos fiscais e regras claras para geração distribuída reforçam a segurança para investidores.
A combinação desses fatores vem impulsionando a adoção da energia solar nos setores residencial, comercial e industrial e, mais recentemente, também no agronegócio, onde a redução de custos operacionais se consolidou como um diferencial competitivo.
ESG
No centro dessa expansão está o fortalecimento das práticas ESG, que hoje orientam decisões de investimento e estratégias corporativas. A geração fotovoltaica tem papel relevante na redução de emissões e na formação de modelos de negócio mais preparados para lidar com pressões climáticas e regulatórias, que hoje influenciam decisões tanto do setor público quanto do privado.
Esse alinhamento tem ampliado o interesse de investidores e reforçado a preferência de consumidores por soluções energéticas de menor impacto ambiental.