Senado é palco de lançamento de livro “Brasil no Espelho”, de Felipe Nunes

Livro apresenta uma nova forma de entender os brasileiros, por meio de nove segmentos baseados em suas bolhas e identidades e a combinação de seus valores, interesses e desejos

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), vai abrir, nesta quarta-feira (10/12), o evento de lançamento do livro “Brasil no Espelho”, de Felipe Nunes, cientista político e diretor da Quaest, consultoria que tem feito várias pesquisas eleitorais em parceira com a Genial Investimentos.

O lançamento será no Salão Nobre do Senado, a partir das 18h30. Publicado pela editora Globo Livro, a obra baseia-se em uma pesquisa exclusiva, feita para a TV Globo, na qual foram ouvidas quase 10 mil pessoas.

“Este não é um livro sobre o que eu acho que é o Brasil ou como ele deveria ser. É um espelho objetivo sobre o Brasil que capturamos por meio da maior pesquisa já feita no país sobre os valores e atitudes dos brasileiros”, diz Nunes, que, recentemente, foi apontado como um dos 100 consultores políticos mais influentes do mundo pela revista Washington Compol. 

Brasília é a segunda capital que terá o lançamento do “Brasil no Espelho” com autógrafos do autor. No dia 2, o evento foi no Rio de Janeiro, e, amanhã, Nunes fará autógrafos em São Paulo,

De acordo com o diretor da Quaest, o livro inova em dois campos. Primeiro, apresenta uma nova forma de entender os brasileiros, por meio de nove segmentos baseados em suas bolhas e identidades – a combinação de seus valores, interesses e desejos. Essa nova forma de classificar os brasileiros apresenta quem é o militante de esquerda e a extrema direita, passando pelos conservador-cristãos, o liberal-social, os progressistas, o agro, a classe D e E, os empresários e os empreendedores individuais.

No segundo campo de inovação, o autor também propõe um outro arranjo da população em relação às faixas etárias a partir de uma nomenclatura baseada nos contextos históricos que moldaram cada época no Brasil.

A nova divisão etária ficou assim: a Geração Bossa Nova (nascidos entre 1945 e 1964), marcada pelo fim da Era Vargas na primeira democracia do país; a Geração Ordem e Progresso (1965–1984), formada durante a ditadura militar e o chamado milagre econômico; a Geração Redemocratização (1985–1999), que cresceu na volta da democracia e na esperança de que o Brasil seria o país do futuro; e a Geração.Com (2000–2009), os primeiros nativos digitais.  Na avaliação de Nunes, essa classificação revela como cada grupo carrega visões distintas — e, às vezes, conflitantes — sobre religião, política, trabalho e o próprio futuro do país.