A prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), desacelerou em julho, na comparação mensal, mas avançou no acumulado em 12 meses e ficou bem perto do teto da meta, de 4,5% ao ano, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira (25/7).
O indicador registrou alta de 0,30% em julho, dado 0,09 ponto percentual abaixo da taxa de junho, de 0,39%, mas na contramão da deflação de julho de 2023, mas acima das expectativas do mercado, de 0,24%. No mesmo mês do ano passado, a taxa foi negativa em 0,07%. De janeiro a julho, o IPCA-15 acumula alta de 2,82%, e, no acumulado em 12 meses, e registra elevação de 4,45% — dado acima dos 4,06% registrados nos 12 meses encerrados em junho.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, sete tiveram alta em julho. A maior variação e o maior impacto positivo vieram do grupo de Transportes, de 1,12% e de 0,23 ponto percentual (p.p.), respectivamente, refletindo o reajuste da gasolina anunciado pela Petrobras no início do mês e também pelo aumento dos preços das passagens aéreas, que subiram 19,21% e contribuíram para a alta do indicador em 0,12 ponto percentual no mês de julho.
Em relação aos combustíveis, que subiram 1,39%, gasolina (1,43%), etanol (1,78%) e óleo diesel (0,09%) tiveram alta nos preços, enquanto gás veicular registrou queda de 0,25%. Em seguida, o grupo Habitação registrou variação de 0,49% e impacto de 0,07 ponto percentual na inflação até a primeira metade de julho.
O grupo Alimentação e bebidas, na contramão, registrou recuo de 0,44%, após oito meses consecutivos de alta. Os demais grupos registraram variações de -0,08%, para o grupo de Vestuário, e de 0,33%, para o de Saúde e cuidados pessoais, conforme os dados do IBGE.