PIB do Brasil fica na 10ª colocação de ranking global

Apesar do avanço de 3,4% no PIB de 2024, Brasil fica em 20º em lista de 64 economias em ranking da Austin e cai para 10ª maior potência global

Com o avanço de 3,4% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 divulgado, nesta sexta-feira (7/3), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil ficou em 10º lugar no ranking global em dólares, totalizando US$ 2,179 trilhões, conforme levantamento feito pela Austin Rating. 

De acordo com os dados da agência nacional de classificação de risco, os dados do IBGE confirmaram a projeção da Austin no trimestre anterior, quando o Brasil caia da 8ª colocação para a 10ª no ranking das maiores potências mundiais.

Os Estados Unidos lideram o ranking feito pela Austin, com um PIB de US$ 29,167 trilhões em 2024. Na segunda e na terceira colocação ficaram a China e a Alemanha, com PIB de US$ 18,273 trilhões e de US$ 4,710 trilhões, respectivamente. A Índia passou para o 5º lugar, com PIB de US$ 3,889 trilhões, atrás do Japão, com PIB de US$ 4,070 bilhões.

Segundo o levantamento, o Brasil ainda registrou expansão acima da média global, de 3,2%, mas inferior à média dos países do grupo de países emergentes do Brics, de 5%. “O resultado ficou dentro das expectativas formuladas recentemente, ou seja, ao longo do ano, que foi sendo revisada e começou com uma expectativa baixa e melhorou muito, em parte, por conta dessa política de transferência de renda do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e também a valorização do salário mínimo”, explicou Alex Agostini, economista-chefe da Austin. Pelas projeções dele, o Brasil continuará na mesma classificação neste ano, quando o PIB do país deverá crescer 1,5%, abaixo das projeções do mercado, em torno de 2%.

“Mas foi um crescimento bom para o nível do Brasil, mas o país ainda ficou bem abaixo dos países do Sudeste Asiático, como a China e a Índia. Isso significa que o Brasil continua perdendo investimento para esses países, o que é importante para continuar gerando crescimento via mercado de trabalho e de investimentos”, acrescentou Agostini. Para ele, o país precisará aumentar a produtividade da mão de obra, caso contrário, será difícil desenvolver o PIB potencial, que gira em torno de 2% atualmente. 

Conforme os dados da Austin, a alta de 3,4% no PIB do ano passado deixou o país na 20ª colocação em uma lista de 64 economias listadas pela agência. A liderança ficou com Macau, com expansão de 9,8%, seguido por Tajiquistão (8,3%) e Vietnã (7,1%). A Índia, com alta de 6,5% no PIB, ficou em 4º lugar, e a China, com avanço de 5% no PIB, em 11º. Na lanterna, ficou a Áustria com recuo de 1,2% no PIB em 2024.