O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,4% no segundo semestre de 2024 em relação aos três primeiros meses do ano, na série com ajuste sazonal, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (3/09). Serviços e indústria foram dois motores para esse crescimento acima das expectativas, de acordo com os dados do órgão.
O dado acelerou em relação ao avanço de 1% do primeiro trimestre de 2024, que foi revisado para cima (antes era 0,8%), e superou a mediana das estimativas do mercado, de 0,9% para o crescimento na margem. O resultado também superou as estimativas atualizadas do Ministério da Fazenda, que previam 1,1% de alta no PIB do segundo trimestre na comparação com o anterior.
Conforme os dados do IBGE, pela ótica da produção, os serviços avançaram, na margem, 1% e a indústria, 1,8%. Enquanto isso, a agropecuária recuou 2,3%, devido, em grande parte, às fortes chuvas no Rio Grande do Sul.
Pela ótica da despesa, o consumo das famílias e os gastos do governo cresceram 1,3% na comparação com o trimestre anterior. O investimento, medido pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), avançou 2,1%. no mesmo período.
Os dados mostram ainda que as exportações de bens e serviços cresceram 1,4%, na comparação com os meses de janeiro a março, enquanto as importações, dispararam 7,6%, no mesmo intervalo.
Na comparação com o mesmo período de 2023, o indicador da riqueza produzida pelo país cresceu 3,3% e, no acumulado de quatro trimestres, registrou alta de 2,5%, em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Segundo o IBGE, essa taxa resultou da alta de 2,4% do valor adicionado a preços básicos e de 2,7% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. Nessa comparação, a agropecuária andou de lado, com variação de 0%, a indústria e os serviços avançaram 2,6%.