IPCA desacelera e registra alta de 0,23% em maio, com ajuda da gasolina

ROSANA HESSEL   O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, desacelerou em maio, puxado pela queda dos preços dos combustíveis, e registrou alta de 0,23%, conforme dados divulgados, nesta quarta-feira (7/6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).    O resultado ficou abaixo da variação de abril, de […]

ROSANA HESSEL

 

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, desacelerou em maio, puxado pela queda dos preços dos combustíveis, e registrou alta de 0,23%, conforme dados divulgados, nesta quarta-feira (7/6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

 

O resultado ficou abaixo da variação de abril, de 0,61%, e foi menor do que o esperado pelo mercado. A mediana das estimativas dos agentes financeiros para a alta do custo de vida coletadas pelo boletim Focus, do Banco Central, era de  0,37% para o mês de maio.

 

No ano, o IPCA acumula alta de 2,95% e, no acumulado em 12 meses, de 3,94%, abaixo dos 4,18% observados no mesmo período até abril. Em maio de 2022, a variação havia sido de 0,47%.

 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, sete tiveram alta em maio, sendo o maior impacto (de 0,12 ponto percentual) e a maior variação (0,93%) em Saúde e cuidados pessoais. Na sequência, vieram Habitação, com alta de 0,67%, e Despesas pessoais, com variação de 0,64%, contribuindo com 0,10 ponto percentual e 0,07 ponto percentual no IPCA, respectivamente. Os preços no grupo de Transportes apontaram queda de 0,57% e, no de Artigos de residência, registraram recuo de 0,23%. Esses resultados negativos contribuíram para a desaceleração da inflação de maio. Os demais grupos registraram alta de inflação entre 0,05%, para Educação, e 0,47%, para Vestuário.

 

O IPCA é utilizado pelo Banco Central para monitorar a meta de inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que, neste ano, é de 3,25%, com teto de 4,75%. Para 2024, a meta passará para 3%, com limite superior de 4,50%, se não houver mudanças nesse objetivo pelo Conselho constituído pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, na reunião no fim deste mês.

 

O índice mede a carestia para as famílias com renda acima de cinco salários mínimos. Conforme os dados do IBGE, registrou alta em 15 das 16 cidades pesquisadas. Fortaleza computou a maior variação, de 0,56%, e São Luís, teve queda de 0,38% no IPCA.