CNSeg apresenta pautas prioritárias para 2025 ao ministro Fernando Haddad

No encontro, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, defende a criação do seguro catástrofe e que o Tesouro Nacional faça emissão doméstica de green bonds  

Divulgação/CNSeg

Em um encontro como ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em São Paulo, na sexta-feira passada (31/1), o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Dyogo Oliveira, fez um balanço do setor e apresentou a pauta prioritária do setor segurador para 2025. Além de defender a ampliação da oferta de seguro rural para o produtor, ele destacou a importância de buscar soluções para enfrentar a transição climática e como estimular o seguro de crédito.

Na reunião com Haddad, o presidente da CNseg defendeu que o Tesouro Nacional fizesse a emissão doméstica de green bonds (títulos verdes) garantindo que há demanda desse produto pelas seguradoras.  “Foi um encontro muito produtivo e que deixou uma lição de casa para fazer a partir desta conversa”, avaliou, em nota da entidade divulgada nesta segunda-feira (3/2).

Ao comentar sobre a pauta climática e as soluções criadas pelo setor segurador, o presidente da CNSeg contou que a entidade está criando um hub de dados climáticos com informações históricas e projeções, em parceria com diversas entidades, e que irá desenvolver um modelo climático que será usado pelo segmento. 

Os representantes da entidade voltaram a defender a criação de um seguro social de catástrofe, que atenderia a população em momentos cada vez mais corriqueiros que são as enchentes.  De acordo com a proposta, os familiares afetados por enchentes ou deslizamentos de terra receberiam, de forma imediata, um Pix de R$ 10 mil para sair da situação de risco.

Oliveira também destacou que o setor segurador é um ator relevante e fundamental da economia brasileira. No ano passado, cresceu dois dígitos “e tem produtos consistentes para o consumidor, para as empresas, para o produtor rural e soluções para as catástrofes”. Ele lembrou ainda que o seguro rural tem pouca inserção devido à baixa subvenção do governo e quando há quebra de safra, como temos visto nos últimos anos, o prejuízo para o produtor é enorme.

“O setor segurador tem um enorme interesse em debater esse tema para expandir a cobertura da área plantada no Brasil”, disse o presidente da CNseg.