Brasil fica em 4º lugar de ranking de crescimento global

ROSANA HESSEL   O Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2023 surpreendeu positivamente ao crescer 1,9%, na comparação com os últimos três meses de 2022, conforme dados divulgados, nesta quinta-feira (1º/6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revisou de 0,2% para 0,1% a queda do PIB do quarto trimestre do ano. […]

ROSANA HESSEL

 

O Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2023 surpreendeu positivamente ao crescer 1,9%, na comparação com os últimos três meses de 2022, conforme dados divulgados, nesta quinta-feira (1º/6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revisou de 0,2% para 0,1% a queda do PIB do quarto trimestre do ano.

 

Com esse resultado positivo e acima das expectativas, que variavam entre 1,1% e 1,4%, de acordo com levantamento feito pelo Correio, o Brasil ficou em 4º lugar em um ranking de 61 economias elencadas pela Austin Rating.  A lista é liderada por Hong Kong, que registrou alta de 5,3% no PIB dos três primeiros meses do ano em relação ao trimestre anterior. Na sequência, vieram Polônia e China, com avanços de 3,8% e 2,2%, respectivamente.

 

O dado do PIB brasileiro ficou acima do esperado pelo mercado (alta de 1,3%) e teve impulso do setor agrícola, que registrou crescimento de 21,6% na comparação com o último trimestre de 2022.

 

“Foi uma surpresa muito positiva. Claro que o agronegócio ajudou bastante e está segurando a economia.  Mas tanto investimento quanto consumo das famílias que, somados, representam algo entre 85% e 90% do PIB, desaceleraram. Isso acaba naturalmente tendo um efeito além da política monetária, o que não será garantia de que esse bom desempenho prossiga no segundo semestre”, alertou Alex Agostini, economista-chefe da Austin, em entrevista ao Blog.

 

Agostini disse que esperava alta de 1,6% no PIB do primeiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores.  “Acho que dá para ficarmos felizes com um erro nas previsões do PIB, quando ele é positivo. Agora, por outro lado, reforça o discurso do Banco Central de que os juros só vão cair no segundo semestre, provavelmente, em agosto”, acrescentou.  Ele manteve em 1,4% a previsão de crescimento do PIB neste ano.  “O dado começa a ficar dentro das expectativas de uma alta de 1,4%, que é nossa previsão revisada recentemente”, explicou.