Bolsa valoriza quase 34% em 2025, enquanto dólar recua 11% no ano

Bolsa brasileira acumula alta de 33,95% no ano, melhor resultado desde 2016, enquanto isso, dólar registra pior resultado em 9 anos

Quem gosta de correr riscos na hora de investir não pode reclamar de 2025. A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) bateu recordes históricos e se destacou entre os melhores investimentos do ano, ganhando da renda fixa, apesar de a taxa básica da economia (Selic), estar no maior patamar de quase 20 anos, de 15% ao ano.

No último pregão de 2025, o Índice Bovespa (IBovespa), principal indicador da B3, encerrou o dia com alta de 0,40%, aos 161.125 pontos. Pontos: 161.125,37. No acumulado desde janeiro, o mercado de ações brasileiro valorizou 33,95%, conforme dados da Elos Ayta. Foi o melhor resultado anual desde 2016, quando a B3 registrou alta de quase 39%. Com isso, a Bolsa destacou-se entre os melhores retornos neste ano para o aplicador, atrás apenas do ouro, de acordo com os dados da Elos Ayta.

O metal precioso, que é sempre procurado pelos investidores quando há muita incerteza no mercado, foi a aplicação que mais rendeu em 2025, com valorização de 65,24% no acumulado de janeiro a dezembro.

E, para 2026, as apostas dos analistas são de mais ganhos na Bolsa diante da expectativa do início do afrouxamento da política monetária do Banco Central, que deverá ocorrer ainda no primeiro trimestre do próximo ano. As projeções para o IBovespa encerrando 2026 estão acima de 180 mil pontos, podendo ficar perto de 200 mil pontos, apesar da alta volatilidade comum em anos eleitorais, ou seja, com muito sobe e desce para quem gosta da montanha russa do mercado acionário.

Enquanto isso, o dólar Ptax, na contramão, acumulou queda no ano de 11,14%, pior desempenho desde 2016. Apenas hoje, recuou 1,43%, para R$ 5,489 para a venda. Na lanterna entre as aplicações listadas pela Elos Ayta, a Bitcoin acumulou perdas de 17% de janeiro a dezembro.

A caderneta de poupança, por sua vez, registrou valorização modesta, de 8,19%, mas ganhou da inflação no ano, pois o indicador do custo de vida deve ficar abaixo de 4,50%, pelas estimativas do mercado.