No último pregão do ano, o dólar voltou a subir e só deu uma recuada depois que o Banco Central resolveu injetar US$ 1,815 bilhão no mercado à vista na tarde desta segunda-feira (30/12), após o dólar comercial atingir o pico no dia de R$ 6,237 para a venda. Após a venda da moeda norte-americana no mercado à vista, ou seja, queima de reservas, a divisa passou a ser negociada abaixo de R$ 6,20. Às 14h55 estava cotada a R$ 6,175, com queda de 0,34%.
“O dólar só começou a cair depois do anúncio de leilão do BC, mas não deve ter um efeito muito grande. Ao que tudo indica, teremos um momento de pressão no câmbio no começo de janeiro”, avaliou Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.
Enquanto isso, no Palácio da Alvorada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou uma reunião com o presidente em exercício do Banco Central, Gabriel Galípolo, que assume definitivamente a chefia da autoridade monetária a partir de janeiro, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a partir das 15h. E está prevista ainda para hoje a publicação do decreto da nomeação de Galípolo como presidente do BC ainda hoje, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Antes do Natal, Lula fez um pronunciamento ao lado de Galípolo prometendo respeitar a independência do BC, mas a fala do chefe do Executivo não convenceu e o dólar seguiu sendo negociado acima de R$ 6, patamar que vem prevalecendo desde o atraso na divulgação do pacote de corte de gastos, aguardado para depois das eleições municipais. E, ao que tudo indica, a moeda norte-americana deverá fechar acima da mediana das estimativas do mercado coletadas no boletim Focus, do Banco Central, divulgado hoje, de R$ 6,05.
A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) segue andando de lado, ora no azul, ora no vermelho, acompanhando o fechamento negativo de outros mercados e o Índice Bovespa rodando em torno de 120 mil pontos. O principal indicador da B3 tende a fechar o ano no vermelho, abaixo do fechamento de 134.185 pontos no fim de 2023.