Apesar de manter a liderança das intenções de voto dos brasileiros em todos os cenários para a corrida eleitoral de 2026, a vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre os adversários voltou a diminuir e a rejeição aumentou, conforme dados da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (12/11).
O levantamento feito pela Quaest em parceria com a Genial Investimentos, revela que Lula venceria em todos os 10 cenários para o segundo turno, com vantagens de três a 17 pontos percentuais. Contudo, a rejeição contra o petista aumentou na comparação com a edição de outubro, passando de 51% para 53%.
Contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível e em vias de ter a prisão decretada pela condenação no julgamento da trama golpista pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo, a vantagem de Lula seria de três pontos percentuais, com o placar 42% a 39%. Na edição anterior, de outubro, a vantagem do petista sobre o ex-capitão era de 10 pontos percentuais.
Na mesma base de comparação, a rejeição contra Bolsonaro diminuiu, passando de 63% para 60%. O percentual é levemente abaixo da rejeição da esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), de 61%, mesmo dado em outubro.
Contra o ex-ministro Ciro Gomes (PSDB), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), a vantagem de Lula é de cinco pontos percentuais nessa edição da pesquisa em um eventual segundo turno, com placares de 38% a 33%, de 41% a 36%, e de 40% a 35%, respectivamente. Em outubro, a diferença do chefe do Executivo sobre esses adversários era maior, sendo de nove pontos percentuais contra Ciro, de 12 pontos percentuais contra Tarcísio, e de 13 pontos percentuais contra Ratinho Jr.
No embate contra os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), a vantagem de Lula foi de sete pontos percentuais. Essa diferença passou para nove pontos percentuais contra Michelle Bolsonaro, e para 10 pontos contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), que segue afastado nos Estados Unidos.
Contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), a vantagem de Lula passa para 13 pontos, a segunda maior vantagem para Lula, atrás apenas da diferença sobre Renan de Renan Santos (Missão), fundador do Movimento Brasil Livre, que foi incluído pela primeira vez na enquete, de 17 pontos percentuais.
Enquanto a rejeição de Lula cresceu entre outubro e novembro, a de Ciro recuou de 60% para 57%, e a de Ratinho Jr. caiu de 40% para 37%, conforme o levantamento da Quaest. A rejeição de Tarcísio, por sua vez, oscilou entre 41% e 40%.
O filho 03 de Bolsonaro, Eduardo, é o mais rejeitado pelos eleitores entre os pesquisados, com taxa de 67%. O governador Ronaldo Caiado e Renan Santos registraram as menores rejeições na pesquisa, de 34% e 23%, respectivamente.
Terceira via
A pesquisa também avaliou o que os entrevistados pensam sobre o melhor resultado da eleição presidencial para o Brasil e revela que praticamente um quarto dos eleitores não quer saber de polarização. Aparecem empatados tecnicamente os que preferem um nome não ligado a Lula ou a Bolsonaro (24%) e os que querem a reeleição do presidente (23%).
Para 59% dos entrevistados, o presidente Lula não deveria ser candidato, dado acima dos 56% computados em outubro. Enquanto isso, 38% defendem que tente a reeleição, abaixo dos 42% na edição do mês passado. Por outro lado, 67% dos eleitores afirmam que Bolsonaro deveria abrir mão e indicar outro candidato, percentual abaixo do registrado em outubro (76%) e 26% que deve manter a candidatura, acima dos 18% na pesquisa anterior.
Conforme os dados do levantamento na comparação regional, no Nordeste, a opção preferida é a vitória de Lula (37%), seguida de um nome não ligado a Lula ou a Bolsonaro (19%). No recorte por posicionamento político, a esquerda não-lulista aparece dividida entre os 45% que querem a reeleição e os 30% que apontam um candidato independente do presidente e do ex-presidente. Entre os independentes, 11% preferem Lula, enquanto 38% querem um candidato não ligado a Lula ou a Bolsonaro. Outros 27% consideram que o melhor seria alguém de fora da política.
O levantamento foi realizada entre os dias 6 e 9 de novembro. Foram entrevistadas 2.004 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança de 95%.
Veja alguns destaques da pesquisa:

