ROSANA HESSEL
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação dos mais pobres, registrou alta de 0,36% em maio, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (7/6). O dado desacelerou em relação à elevação de 0,53% registrada em abril, mas ficou acima do registrado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 0,23%.
No acumulado do ano, o INPC registrou aumento de 2,79% e, nos 12 meses encerrados em maio, avançou 3,74%, abaixo dos 3,83% contabilizados no mesmo período até abril. Em maio de 2022, o indicador teve alta de 0,45%.
Os produtos alimentícios registraram variação de 0,16% e desaceleraram em relação a à alta de 0,61% de abril. Os preços de itens não alimentícios subiram 0,43%, abaixo da elevação de 0,50% observada no mês anterior.
O INPC é o termômetro da carestia para as famílias com renda de até cinco salários mínimos. O indicador é utilizado como base para o reajuste do piso salarial, que voltou a ter reajuste acima da inflação no atual governo, e, a partir do próximo ano, voltará a ser corrigido pela regra anterior, que considera a inflação do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Assim como o IPCA, o INPC registrou alta em 15 das 16 capitais pesquisadas pelo IBGE. A maior variação foi registrada em Belo Horizonte, de 0,79%, devido ao aumento de 25% nos custos do ônibus urbano. São Luís teve deflação de 0,33%, influenciada pelas quedas de 7,63%, nos preços do frango inteiro, e de 5,87% nos custos da gasolina. Brasilia, com alta de 0,11% no INPC, a terceira menor variação do indicador, atrás apenas de São Luís e de Rio de Janeiro (0,08%), de acordo com os dados do órgão ligado ao Ministério do Planejamento e Orçamento.