Genial/Quest: Ricardo Nunes lidera corrida para prefeitura de São Paulo em todos os cenários

Na primeira edição do ano da Pesquisa Genial/Quaest sobre a corrida para a prefeitura de São Paulo, o atual prefeito lidera em todos os cenários e Guilherme Boulos segue em segundo lugar

Crédito: Ed Alves/CB/DA.Press e Wilson Dias/Agência Brasil

A primeira edição do ano da Pesquisa Genial/Quaest sobre a corrida eleitoral para a prefeitura de São Paulo, divulgada nesta quinta-feira (27/6), mostra que o prefeito Ricardo Nunes (MDB), lidera a disputa, tanto no primeiro quanto no segundo turnos. Os dados apontam uma rejeição elevada dos paulistanos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, além disso, que a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) é apontada como a melhor prefeita pelos eleitores.

O levantamento da Quaest, em parceria com a Genial Investimentos, testou cinco cenários com os pré-candidatos e constatou que, em todos eles, Nunes é o vencedor, e o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), o vice-líder na disputa. De acordo com a pesquisa, Nunes merece ser reeleito para 47% dos entrevistados, percentual tecnicamente igual aos 46% que acham que ele não merece voltar para a prefeitura paulistana.

“A pesquisa mostra uma alta fragmentação eleitoral em São Paulo. Boulos aparece como o mais competitivo da esquerda, mas precisando avançar no eleitorado lulista de 2022. Nunes aparece como o mais competitivo da centro-direita, mas tendo Datena e Marçal competindo pelo seu voto também”, destacou o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest.

Nunes destacou que, no cenário que listou todos os 11 pré-candidatos, há um empate técnico entre Nunes, com 22%, Boulos, com 21%, e o apresentador José Luiz Datena (PSDB), com 17%. Em um cenário sem Datena na corrida, o prefeito tem 28%; Boulos, 24%; o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB), 13%; e a deputada federal Tabata Amaral (PSB), 10%. 

Guilherme Boulos está à frente entre os eleitores de 16 a 34 anos (20%) e com Ensino Superior (29%). O prefeito da capital paulista tem mais força entre os que têm 60 anos ou mais e os que estudaram até o Ensino Fundamental. No recorte por renda, Nunes tem o voto de 18% dos que ganham até dois salários mínimos, contra 13% de Boulos. Os dois estão empatados no eleitorado com renda superior a cinco salários mínimos: 23%. 

Na simulação de segundo turno, Ricardo Nunes venceria Boulos por 46% a 34%. Contra, Marçal, o placar seria ampliado para 48% contra 22%. Já com Tabata, por 46% a 27%; e, contra Datena, a vitória do prefeito seria pelo placar de 43% a 34%. Apenas sem Nunes na disputa, Boulos venceria Marçal por 41% a 30%, mas perderia para Datena por 43% a 35%. 

Rejeição maior de Bolsonaro

O levantamento mostrou ainda que a influência dos apoios políticos aos pré-candidatos e maior rejeição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PSL). 

Segundo a pesquisa, 50% dos eleitores gostariam que o próximo prefeito de São Paulo fosse independente; 29% preferem que fosse aliado do presidente Lula e apenas 19% optam pelo apoio do ex-presidente. Aliás, o apoio de Bolsonaro é rejeitado por 63% dos eleitores paulistanos. Enquanto isso, a rejeição a Lula é menor, de 53%.

A gestão de Ricardo Nunes tem avaliação positiva de 31% dos entrevistados e para 41%, seu desempenho é regular. Em resposta espontânea sobre o problema mais grave da cidade de São Paulo, para 29%, é a violência. A saúde, em segundo lugar, foi apontada como problema para 17% dos entrevistados. 

O melhor prefeito de São Paulo, na opinião dos eleitores, foi Marta Suplicy — que retornou ao PT para compor a chapa com Boulos –, com 13% das respostas. Na sequência, Paulo Maluf, com 11%. Bruno Covas e Luiza Erundina empataram, em terceiro lugar, com 7% das respostas. 

O atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebeu 5% dos votos como melhor prefeito da capital paulista, acima de Ricardo Nunes, com 3%. Jânio Quadros e João Doria receberam 2% das citações. E, apenas 1% respondeu José Serra e Gilberto Kassab.

A coleta de dados foi realizada entre os dias 22 e  25 deste mês, com eleitores de São Paulo de 16 anos ou mais. Foram realizadas 1.002 entrevistas presenciais. A margem de erro estimada é de três pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. A enquete está registrada junto à Justiça Eleitoral sob o número SP-08653/2024.

Veja alguns detalhes da pesquisa