A reforma necessária de Lula

Pressionado pelo Centrão, Lula barganha cargos em troca de apoio para 2026

Ricardo Stuckert/PR

No Bloco de Notas desta terça-feira (4/2), Diego Amorim traz as últimas atualizações sobre a reforma ministerial planejada pelo Governo Lula para 2025. A reforma visa melhorar a articulação política e agradar o Centrão, o que inclui a troca de ministros e a redistribuição de pastas para aumentar a representatividade de partidos aliados.

A mudança de ministros e a redistribuição de pastas são vistas como uma forma de agradar os aliados do Centrão, que têm pressionado por mais espaço no governo.

Entre os ministros que podem ser trocados está Alexandre Padilha, atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI). Padilha enfrenta críticas tanto no Congresso quanto dentro do próprio governo, e há discussões sobre sua possível transferência para o Ministério da Saúde, substituindo Nísia Trindade. Outro nome que está sendo considerado para a Secretaria-Geral da Presidência é Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT.

O PSD e o União Brasil defendem a permanência de seus ministros no governo, mas também buscam mais espaço e pastas com mais entregas. O PSD, por exemplo, quer trocar o Ministério da Pesca por um mais robusto, como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

Em entrevistas recentes, Lula minimizou a crise de popularidade do governo e confirmou que está estudando trocar ministros para melhorar a articulação política e enfrentar a inflação. Ele também mencionou a possibilidade de incluir o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, na reforma ministerial para fortalecer a relação com o Congresso.

As negociações sobre a reforma ministerial devem avançar nas próximas semanas, com Lula conversando com os novos presidentes e líderes de partidos para definir o novo desenho dos ministérios. A expectativa é que a reforma ajude a aprovar pautas prioritárias, como a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil.

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