Em meio à tragédia climática sem precedentes no Rio Grande do Sul, que começou mais de dois meses atrás, muitos diziam que nós não poderíamos nos esquecer tão cedo da situação no estado.
Mas eu e você, infelizmente, sabemos, acabamos nos acostumando com tragédias, ficamos anestesiados e vamos tocando a vida.
Por isso que nesta semana eu quis ouvir os senadores pelo Rio Grande do Sul Hamilton Mourão (Republicano) e Paulo Paim (PT), de campos políticos diferentes.
Mourão me disse que o estado vai precisar do socorro da União pelo menos pelos próximos dois anos.
Paulo Paim me contou que, a partir de informações ainda preliminares, a ajuda financeira necessária para reconstruir o Rio Grande do Sul será de mais de R$ 250 bilhões. Isso mesmo: R$ 250 bilhões.
Muito aos poucos, a vida vai sendo retomada para gaúchos e gaúchas: para a próxima segunda-feira, por exemplo, há a promessa de que o embarque e o desembarque no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, volte a funcionar, embora pousos e decolagens continuem ocorrendo na Base Aérea de Canoas.
Eventuais disputas políticas não poderão de forma alguma atrapalhar a reconstrução do estado. E mais: gestores de outras unidades da Federação não terão o direito de ficar, digamos assim, enciumados com a ajuda ao Rio Grande do Sul. Quem reclamar poderá cobrar da União recursos para planejamento e prevenção de crises climáticas, para que ninguém passe pelo que o estado do Sul está passando.